sexta-feira, 18 de julho de 2008

Médica do IML é presa acusada de remover órgãos de cadáveres

A médica-legista do Instituto Médico-Legal (IML) Lubomira Verônica Oliva foi presa às 17h de ontem, no pátio do IML, sob acusação de remover órgãos de cadáveres. No porta-malas do carro dela, um Peugeot, foram encontrados três corações e vísceras humanas.

Segundo informações extra-oficiais, Lubomira era investigada desde o final de fevereiro, quando o IML foi submetido à intervenção. As investigações foram realizadas sigilosamente pelos próprios interventores e policiais militares lotados no local.

Ontem, quando Lubomira terminou seu plantão e foi em direção ao seu carro, foi abordada pelos policiais que fazem plantão no IML. Eles ordenaram que a médica abrisse o porta-malas do carro e acharam os órgãos humanos acondicionados.

Policiais da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) foram comunicados e se dirigiram até o local. A médica-legista foi conduzida até a Denarc pouco antes das 18h.

Foi interrogada pelo delegado Cassiano Aufiero e autuada em flagrante por remover órgãos humanos sem autorização.

Mistério

O interrogatório durou mais de três horas, mas o conteúdo não foi divulgado. O delegado Cassiano Aufiero se limitou a dizer que as informações sobre o caso deverão ser repassadas hoje à imprensa, em coletiva organizada pela Secretaria da Segurança Pública, quando a polícia deverá informar o conteúdo das investigações e do interrogatório da médica.

Ontem, nenhum policial se manifestou sobre o que seria feito com os órgãos retirados das vítimas, que eram recolhidas pelo IML. Tudo indica que os órgãos seriam vendidos para estudos em universidades.

Por volta das 22h, Lubomira deixou a Denarc numa viatura caracterizada da delegacia. Ela foi colocada no banco traseiro e, durante todo o tempo, tentou esconder o rosto. A médica foi encaminhada ao Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), onde deverá ficar recolhida em cela especial.


O Estado do Paraná.

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