sábado, 19 de julho de 2008

Juiz nega pedido de prisão contra PMs envolvidos em morte de estudante no PR

O juiz da Vara de Auditoria da Justiça Militar Estadual, Davi Pinto de Almeida, negou, na tarde desta sexta-feira , o pedido de prisão preventiva dos soldados da Polícia Militar (PM) Luiz Gustavo Landmann e Dioneti dos Santos Rodrigues. Os dois estão envolvidos na morte da estudante Rafaeli Ramos Lima, de 21 anos. O carro em que ela estava foi confundido com um veículo de bandidos, no trevo de acesso a Porto Amazonas, região central do Paraná. A garota foi baleada na cabeça e não resistiu aos ferimentos.

Segundo o tenente-coronel Sérgio Renor Vendrametto, que preside o Inquérito Policial Militar para apurar a responsabilidade dos dois soldados na morte da estudante, o pedido de prisão preventiva foi feito por precaução.

- Houve uma comoção muito grande em torno do caso. Pedi a prisão preventiva, mas coube ao juiz analisar e a decisão ao pedido foi contrária - explicou Vendrametto.

O tenente-coronel garante que a decisão do juiz Davi Pinto de Almeida não vai atrapalhar em nada a investigação.

- Os dois soldados estão no Batalhão em Ponta Grossa (Campos Gerais) realizando serviços administrativos e não estão atrapalhando as investigações - afirmou Vendrametto.

Nesta sexta-feira, foram ouvidas outras testemunhas em Ponta Grossa sobre o caso. Em princípio, outras sete pessoas ainda devem ser ouvidas, mas esse número ainda pode aumentar.

- O prazo para terminarmos o Inquérito Policial Militar é de 40 dias, podendo ser prorrogado por mais 20 dias. Isso vai depender dos resultados dos laudos - definiu Vendrametto.

Na tarde desta quinta-feira, os soldados prestaram depoimento na delegacia de Palmeira, nos Campos Gerais, mas saíram sem falar com a imprensa.
Policial envolvido no caso foi acusado de tortura

O soldado Landmann, apontado como o autor do disparo que matou Rafaeli Lima, responde processo na Justiça por tortura desde 2001. O outro PM completou o curso de formação antes do tempo normal. Os policiais continuam afastados das funções enquanto aguardam os inquéritos da Justiça comum e militar.


O Globo.

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