terça-feira, 1 de julho de 2008

Divergência entre intelectuais do Direito se transforma em ação judicial

A comunidade acadêmica está agitada à espera da contestação do professor Antonio Gidi a uma ação ajuizada pela doutrinadora Ada Pellegrini Grinover. A professora quer saber a quem ele acusou de desonestidade intelectual por ter “escondido deliberadamente” um seu anteprojeto original.

Em livro escrito recentemente, Gidi afirma que seu nome foi excluído da autoria do Código de Modelo de Processos Coletivos do Instituto Ibero-Americano de Direito Processual, elaborado por ele, Ada Pellegrini e Kazuo Watanabe. E que o projeto apresentado por um grupo comandado por Ada seria tímido perto de seu anteprojeto original.

Gidi é um raro exemplo de professor brasileiro convidado a dar aulas de Direito em universidades americanas sem ter se formado naquele país. Ada, conforme escreveram seus advogados - no pedido de explicações que precedeu a nova ação - dispensa apresentações. “E isso não é uma figura de retórica”, disseram.

O registro jornalístico dos fatos envolvendo as duas ações foi feito por Rodrigo Haidar, em sua coluna na revista Consultor Jurídico. Segundo o jornalista, "promete pegar fogo a briga entre Antonio Gidi e Ada Pellegrini Grinover, dois gigantes do mundo acadêmico-jurídico".

Conforme a matéria, "depois de exigir, em vão, que o professor esclarecesse a quem acusou de desonestidade intelectual, a professora entrou com ação de reparação por danos morais contra ele".

Gidi dá aulas e mora nos Estados Unidos. Ao passar por Vitória no último dia 19, para uma palestra na Universidade Federal do Espírito Santo, recebeu um surpreendente chamamento judicial. Ao fim da palestra, um grupo rodeou o professor, com livros em mãos, pedindo autógrafos. Entre os admiradores, também esperando um autógrafo, estava uma oficial de Justiça.

O objetivo: fazer a citação judicial para contestar, querendo, a ação reparatória por dano moral.


Espaço Vital

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