quarta-feira, 9 de julho de 2008

Cabral vai expulsar militares

Governador os chamou de "dupla de debéis mentais".


governador Sérgio Cabral garantiu, ontem, que os policiais militares William de Paula, de 36 anos, e Elias Gonçalves da Costa Neto, de 30, indiciados pela morte do menino João Roberto Amorim Soares, aos 3 anos e 11 meses, serão expulsos da corporação. "Estão fora da PM. Não tem conversa. Estão fora, como já foram para fora 300 (desde o início do seu governo)." O governador os chamou de "dupla de débeis mentais, sem discernimento" e de "assassinos". Na opinião de Cabral, João Roberto foi uma vítima da "incompetência dos dois policiais que abordaram o carro da mãe".

"Como governador, (vejo que foi) um erro fatal. Uma completa incapacidade de discernimento num momento de tensão. Uma atrocidade cometida contra um inocente. O Brasil inteiro se chocou com o crime. Eu, como pai, custei a dormir essa noite, com a imagem do pai do menino na cabeça, pelo seu depoimento, seu desespero e seu sofrimento."

A declaração foi feita ontem durante a inauguração do Telecentro, sala com 15 computadores onde policiais militares poderão acessar os cursos do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), mantido com verbas federais. O governador afirmou que esses mais de 30 cursos vão ajudar os policiais militares a se preparar melhor. Além dos módulos teóricos, o governador anunciou ontem que vai promover curso de reciclagem em abordagem para os policiais lotados em batalhões da capital.

"Entendemos que a natureza da função do policial militar, pelo nível de estresse que vive, ele precisa de uma revisão dessa abordagem em diferentes situações que enfrentam no dia-a-dia."

Cabral informou também que, em 15 dias, os órgãos que têm PMs cedidos serão obrigados a devolver 30% dos funcionários à corporação. O Tribunal de Justiça perderá 175 policiais, o Ministério Público, 75, e a Assembléia Legislativa do Estado, 40. Antes de serem reintegrados à tropa, os PMs passarão por curso de reciclagem. "É uma determinação do executivo", afirmou Cabral.


Estadão.

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