Pelo menos a metade dos 25 mil bombeiros da ativa e inativos do estado tem porte de arma, em sua maioria garantidos por determinação judicial, mas não recebem treinamento para o uso, como mostra reportagem de Taís Mendes publicada no jornal "O Globo" deste sábado.
Somente para assinantes). O levantamento é da Associação dos Ativos, Inativos e Pensionistas das PMs, Brigadas Militares e Bombeiros (Assinap) e dá a dimensão do problema que o governo quer resolver ao elaborar uma regulamentação que proíba o porte de armas dos bombeiros fora do horário de trabalho .
Especialistas destacam que os servidores fazem valer o direito facultativo de portar arma para garantir o trabalho de segurança clandestina, e muitos acabam envolvendo-se com milícias. A regulamentação proibindo o uso de armas fora do expediente seria uma forma de reduzir o poder de fogo das milícias. Apesar de reconhecer que bombeiros não são treinados para usar armas, a direção da Assinap anunciou que entrará na Justiça contra a regulamentação proposta pela Secretaria de Segurança Pública.
Por intermédio de sua assessoria, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Pedro Marcos Cruz Machado, disse que não falará sobre a proposta do secretário de Segurança porque ainda não recebeu oficialmente a solicitação. Mas a medida já tem um aliado forte: o governador Sérgio Cabral. Ele defendeu nesta sexta-feira a adoção de medidas mais criteriosas para o uso de armas:
- A decisão do secretário tem que ser respeitada. Ele fez um estudo e tem o apoio do comandante do Corpo de Bombeiros e do secretário de Saúde e Defesa Civil. A fusão que fizemos dos bombeiros com a Saúde tem esse sentido, de que os bombeiros têm o dever de salvar vidas, e não do ponto de vista de estar armado.
O Globo.
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