domingo, 13 de julho de 2008

Antes do currículo

Primeiro contato com o empregador, a carta de apresentação é uma chance de impressioná-lo e convencê-lo a avaliar o seu histórico profissional. E também pode funcionar como um diferencial

Inúmeros currículos invadem diariamente a caixa de e-mail dos empregadores, mas como fazer a sua mensagem se destacar e ser lida? Uma dica é caprichar já no assunto do e-mail. Especialistas reforçam que é fundamental ser suscinto no título, evitando citações muito criativas apenas para chamar a atenção. O segundo passo é incluir uma boa carta de apresentação no corpo da mensagem. O nome desse instrumento já sugere seu objetivo: apresentar o candidato.

A carta não deve, no entanto, ser confundida com um resumo do currículo, pois a recomendação é que destaque apenas as informações que o candidato julgar mais relevantes para o cargo pretendido. Ela ajuda o recrutador a entender o objetivo do candidato ao enviar o currículo, explica o gerente da filial porto-alegrense da Adecco, Mauro Bohrer:

- Em muitos casos, o candidato está trabalhando e é essencial que o empregador compreenda o motivo que o leva a buscar uma nova oportunidade.

A carta deve ser enviada para o gerente da área pretendida, para quem realiza a seleção ou para o gestor de recursos humanos, juntamente com o currículo. O ideal é o candidato fazer um contato prévio com a empresa para a qual enviará o currículo e perguntar o nome do profissional responsável pelo processo de seleção. Para que a carta consiga impressionar o recrutador, o ideal é ter um conhecimento prévio de como a organização se comunica. Para isso, antes de elaborá-la, procure pesquisar sobre a empresa para escolher entre um texto mais formal ou não.

Outra informação importante que pode constar na carta é a pretensão salarial. Muitos candidatos ficam constrangidos e temerosos de revelar o que desejam ganhar. Mas empregadores garantem que ter esse sentimento não ajuda nem quem seleciona, nem quem participa da seleção.

- Não adianta o candidato entrar em um processo tendo uma idéia de salário e depois perceber que a disponibilidade da empresa é outra. Ao contrário do que muitos pensam, ele não vai ser excluído do processo por propor um valor. A melhor saída é fazer a sugestão, mas ressaltar que a quantia pode mudar - afirma Nara Mello, recrutadora da NC & Associados.

Segundo especialistas, a carta serve para profissionais de qualquer ramo e é um instrumento eficiente na busca de qualquer cargo. E como não é muito usada, acaba sendo um bom diferencial na busca de emprego.


Zero Hora.

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