O Diário: A Praça Raposo Tavares é foco de exploração sexual de crianças e adolescentes?
Néia Maria Martins, pPresidente da União Maringaense de Profissionais do Sexo: Eu posso garantir que crianças e adolescentes não ficam na Praça, porque nem eu nem outras profissionais permitimos. Esses dias, chegou uma menina de 16 anos, dizendo que havia acabado de perder o emprego e queria fazer ponto ali, mas nós a tiramos de lá no mesmo instante. Sabemos que a prostituição infantil existe na rua, em boates, casas noturnas e hotéis, mas o combate dessas situações compete aos órgãos de fiscalização.
O Diário: Esse cuidado com as adolescentes tem alguma razão especial?
Néia Maria Martins: O rótulo de vida fácil não existe, só quem está na noite sabe. Ser prostituta não é vantagem para ninguém e procuramos conscientizar as adolescentes disso. Lugar de criança é na escola.
O Diário: E em relação aos clientes?
Néia Maria Martins: O homem que quer os serviços de uma prostituta deve buscar uma profissional capacitada, com mais de 18 anos, que sabe o que está fazendo da vida. Uma criança de 15 ou 16 anos pode ser filha ou sobrinha dele.
O Diário: Que medida é tomada quando você sabe de crianças ou adolescentes sendo explorados sexualmente?
Néia Maria Martins: Nós sempre denunciamos para a Secretaria da Mulher.
O Diário do Norte do Paraná.
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