segunda-feira, 2 de junho de 2008

Uma pesquisa sobre a morte de jovens delinqüentes

Jovens que passam pelo sistema de detenção juvenil aumentam muito o seu risco de morte violenta. Nos Estados Unidos, as minorias raciais e étnicas estão sobre-representadas no sistema de detenção de jovens e adolescentes. Pesquisadores compararam as taxas de mortalidade de 1829 jovens delinqüentes com as da população, controlando, claro, por idade, gênero, e etnia/raça - fatores associados com a mortalidade juvenil violenta. Eram amostra aleatória retirada da lista dos detentos no Cook County Juvenile Temporary Detention Center em Chicago, entre 1995 e 1998. Depois de um acompanhamento médio de 7,1 anos, durante o qual 65 jovens morreram, verificou-se que TODAS as mortes foram por causas externas, sendo 90% por homicídios e mais 5% foram "autos de resistência". Perto de 2% morreram em acidentes. Das mortes por homicídio, 93% foram por armas de fogo.
A taxa de mortalidade geral foi mais de quatro vezes a observada na população como um todo, sendo que a taxa das jovens adolescentes foi oito vezes a encontrada na população como um todo.
Jovens negros (que estiveram presos) tinham uma gigantesca taxa de mortalidade de 887 por cem mil hbs.
Esses dados apóiam a postura de que é preciso parar a delinqüência antes que ela comece e que alguns programas que podem ser vistos como muito caros e/ou como violentos demais talvez salvem vidas e sejam justificados porque o preço em vidas que está sendo pago é muito, muito alto.

Essa pesquisa foi publicada em Pediatrics. 2005 Junho; 115(6): 1586–1593. A equipe, foi composta por Linda A. Teplin, Gary M. McClelland, Karen M. Abram, e Darinka Mileusnic, MD e PhD.

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