segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sargentos e soldados faziam escolta para quadrilha que roubava bancos

Quadrilha chegou a furtar R$ 600 mil de bancos em dois estados em um fim de semana.
Policiais foram presos nesta sexta-feira (13) em São Paulo.


Dois sargentos e dois soldados da Polícia Militar estão entre os presos nesta sexta-feira (13) durante um assalto a um caixa eletrônico na Rua Fernando Falcão, na Mooca, Zona Leste de São Paulo. De acordo com a polícia, a quadrilha chegou a furtar quase R$ 600 mil de bancos em dois estados em um único fim de semana. Foram identificados pelo menos seis casos nos últimos 45 dias.

A Delegacia de Repressão a Roubo a Bancos (DRRB) do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) prendeu nesta madrugada, além dos PMs, quatro suspeitos de integrar a quadrilha. Um quinto envolvido morreu durante troca de tiros com a polícia. Outros dois suspeitos do furto nesta madrugada estão foragidos.

O delegado Ruy Ferraz Fontes informou que a quadrilha também agia em outros estados. Em apenas um fim de semana, os suspeitos teriam furtado R$ 248 mil de um caixa eletrônico no Guarujá e outros R$ 350 mil em uma agência bancária em Niterói, no Rio de Janeiro. Mais R$ 100 mil foram levados em outra ocasião em Belém, no Pará.

"Nós sabemos que, para evitar transportar no avião, eles depositavam o dinheiro em contas bancárias", afirmou o delegado na tarde desta sexta-feira (13). A polícia conseguiu rastrear pelo menos uma dessas contas e determinou o bloqueio de R$ 80 mil. Outras contas ainda estão sendo investigadas.

Envolvimento de PMs

Os policiais civis começaram a investigar a quadrilha há 45 dias e descobriram que os criminosos planejavam o furto na Zona Leste. A polícia chegou a acompanhar reuniões dos criminosos, que aconteciam sempre no estacionamento do Cemitério da Quarta Parada, na mesma região da cidade.

Durante as investigações, já havia a suspeita sobre a participação dos PMs. "Não foi uma surpresa total, nós tínhamos uma investigação em andamento que levantava a possibilidade de isso acontecer. Eles [policiais] se encarregavam de dar o apoio para que os criminosos pudessem pemanecer no local durante o tempo necessário."

Um dos sargentos trabalha na corporação há 22 anos e o outro, há 17 anos. Entre os soldados, um está na polícia há 14 anos e o outro, há sete. Durante a ação do grupo na Zona Leste, de acordo com a polícia civil, eles ficaram em carros da corporação parados em uma esquina próxima ao banco. "Ela [viatura] tentou me abordar uma vez, mas eu saí do local, estava com um carro descaracterizado", contou Fontes.


G1.

Nenhum comentário:

Pesquisar este blog