quarta-feira, 18 de junho de 2008

Presídios federais de segurança máxima receberam 388 presos em dois anos




Segundo diretor do Depen, 121 presos já voltaram para cidades de origem.
Hoje, unidades de Catanduvas (PR) e de Campo Grande (MS) abrigam 267 detentos.

O sistema de penitenciárias federais de segurança máxima no Brasil, composto por quatro unidades e apenas duas em funcionamento - Catanduvas (PR) e Campo Grande (MS) -, já abrigou 388 presos considerados de alta periculosidade em dois anos de existência.



Segundo Wilson Salles Damázio, diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), a unidade de Catanduvas, a primeira a entrar em funcionamento, nunca chegou a ter a lotação máxima, de 208 pessoas, atingida. "Até hoje, passaram por lá 160 detentos. A capacidade máxima nunca é alcançada e isso ocorre de maneira proposital, pois precisamos de uma margem de vagas disponíveis para casos de extrema necessidade."



Atualmente, a unidade de Catanduvas abriga 110 homens, de 15 estados. Campo Grande tem 157 presos, de 18 estados.



Em maio deste ano, o Depen inaugurou as unidades de Porto Velho (RO) e de Mossoró (RN), mas ambas ainda não estão em funcionamento por falta de efetivo de agentes penitenciários federais e funcionários administrativos, que precisam ser contratados por meio de concurso público.


Beira-Mar

O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi o primeiro detento a cumprir pena nas unidades de Catanduvas e de Campo Grande. Ele ficou preso na Superintendência da Polícia Federal desde 23 de março de 2006 e foi transferido para a penitenciária federal paranaense, em 19 de julho do mesmo ano. Em seguida, em 25 de julho de 2007, ele foi transferido para a unidade de Campo Grande.



Beira-Mar responde a dois processos em Mato Grosso do Sul. No da Justiça estadual, ele aparece como mandante da morte de um outro traficante que atuava na fronteira com o Paraguai. No outro processo, sobre lavagem de dinheiro, da Justiça Federal, o traficante e outras 23 pessoas são acusados de lavar mais de R$ 12 milhões.


G1.

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