quarta-feira, 18 de junho de 2008

Polícia pede a prisão de mãe e padrasto de menino morto em Ribeirão Preto

A polícia pediu a prisão da mãe e do padrasto do menino Pedro Henrique Marques Rodrigues , de 5 anos, que morreu na última sexta-feira. Kátia Marques e Juliano Gunelo são suspeitos de maus-tratos . Em depoimento na noite de segunda-feira na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão Preto, eles sustentaram a versão de que a morte do menino pode ter sido provocada pelo consumo de produto tóxico. A Justiça deve definir nos próximos dias se aceita o pedido de prisão.

O corpo do garoto foi exumado na sexta-feira, poucas horas depois de ser enterrado em Araraquara, a 270 quilômetros da capital, e voltou para o Centro de Medicina Legal (Cemel) em Ribeirão Preto, onde a vítima morava. A primeira análise foi divulgada nesta segunda-feira e descarta a possibilidade de intoxicação.

O diretor do Núcleo de Perícias Médicas da Polícia Civil, José Eduardo Velludo, confirmou que o menino tinha duas fraturas no pulso direito e marcas no corpo que podem ter sido causadas por pancadas ou tombos. A polícia ainda aguarda os laudos e provas técnicas. Na tarde desta terça-feira, Velludo se reuniu com a delegada do caso, Maria Beatriz Moura Campos.

- As pancadas não causariam a morte imediata da criança, mas nós estamos aguardando o resultado de laboratório -explicou.

Segundo a delegada Maria Beatriz, outras testemunhas importantes estão sendo ouvidas. Vizinhos disseram que as brigas da mãe e do padrasto de Pedro Henrique eram constantes. Nesta segunda-feira, o pai do menino, Odair Donizete Rodrigues, disse que desconhecia os desentendimentos entre os dois.

- Eu não tinha conhecimento de que eles brigavam. Para mim, foi uma surpresa - afirmou, referindo-se aos depoimentos de vizinhos de que havia discussões constantemente entre o casal.

Uma denúncia anônima indicava desde fevereiro que o menino sofria maus-tratos.

- A notificação de maus-tratos foi feita ao Disque Denúncia em 26 de fevereiro e repassada ao Conselho Tutelar em 11 de março. Eu fui duas vezes até ao prédio da família na mesma semana, mas não encontrei ninguém em casa. Ninguém atendeu o interfone - disse Glauber Silva, do Conselho Tutelar.


O Globo.

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