sábado, 7 de junho de 2008

Perícia particular do caso Isabella é adiada; TJ analisa pedido de liberdade na 3ª

Uma perícia particular prevista para ser realizada na manhã desta sexta-feira no edifício London, onde a menina Isabella, 5 morreu, foi cancelada. Peritos contratados pelos advogados de defesa de Alexandre Nardoni, 29, e de Anna Carolina Jatobá, 24, para avaliar as conclusões da Polícia Técnico-Científica de São Paulo informaram que não conseguiram obter as chaves do apartamento.

Nardoni e Anna Carolina, respectivamente pai e madrasta da garota, permanecem presos em penitenciárias de Tremembé (147 km de São Paulo) acusados pela morte de Isabella. Eles negam o crime. O casal foi preso preventivamente no dia 7 de maio por determinação do juiz Mauricio Fossen, da 2ª Vara do Júri do Fórum de Santana. A defesa tentou recorrer da decisão mas o desembargador Caio Canguçu de Almeida negou o pedido. Os advogados recorreram ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), sem sucesso.

Na próxima terça-feira (10) a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo irá analisar o mérito do habeas corpus interposto pela defesa. O pedido só poderá ser analisado na terça pois Almeida pediu licença do cargo.

Perícia

Os contratados pela defesa para avaliar as conclusões da Polícia Técnico-Científica de São Paulo e do Instituto Médico Legal são o legista George Sanguinetti e a advogada Delma Gama e Narici. Eles contam com o auxílio de outros três profissionais.

Esta foi a segunda vez que os peritos anunciam a ida ao apartamento onde a garota morreu. No dia 29 de maio eles informaram que visitariam o prédio, o que não ocorreu.

Sanguinetti informou que recebeu uma ligação do advogado Marco Polo Levorin na noite de quinta-feira (5). "Ele [Levorin] disse que a chave não havia sido liberada", informou.

O legista disse que pretendia calcular o espaço de tempo constante nos laudos e as manchas de sangue no apartamento, que foram fatores que levaram a polícia a acreditar na participação ativa do casal no crime. "Se o tempo é pequeno para uma terceira pessoa então o é também para o próprio casal", disse Sanguinetti.

Levorin lidera a equipe de defesa formada ainda por Ricardo Martins e Rogério Neres de Sousa, outros dois componentes da defesa do casal. Procurado hoje, Levorin não foi encontrado.

Martins não confirmou que a visita seria feita hoje, entretanto, ele afirmou que foi apenas adiada. Ele disse que as chaves haviam sido disponibilizadas pela Polícia Civil, entretanto, como não foi resgatada nem pelos advogados de defesa nem pela família, ficou em poder do 2ª Vara do Júri do Fórum de Santana (zona norte de SP), onde o processo tramita.

Testemunhas

Os advogados do casal Nardoni protocolaram na segunda-feira (2) na Justiça a lista de testemunhas de defesa do pai e da madrasta de Isabella. São 32 nomes --16 para cada réu.

Cada um tem direito a oito testemunhas em cada crime --eles respondem por homicídio e fraude processual. Com isso, os advogados decidiram listar o máximo de testemunhas permitido.

No dia 28 de maio o casal prestou depoimento ao juiz Maurício Fossen, no fórum de Santana, e mantiveram a tese de inocência.


Folha de São Paulo.

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