quinta-feira, 19 de junho de 2008

Pentágono admite desaparecimento de armas nucleares

'Financial Times' diz que relatório afirma que Força Aérea desconhece destino de mil componentes atômicos.


O Exército dos Estados Unidos não consegue localizar centenas de componentes sensíveis de mísseis nucleares, segundo fontes ligadas ao Pentágono afirmaram ao jornal britânico Financial Times na edição desta quinta-feira, 19. De acordo com o periódico, a Força Aérea americana não consegue esclarecer o destino de muitos equipamentos previamente incluídos em seu inventário nuclear.



Segundo o jornal, o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, recentemente demitiu o chefe de equipe e o secretário da Força Aérea após investigações que culparam a aeronáutica pelo envio por engano de componentes de mísseis balísticos a Taiwan. Um oficial chegou a afirmar que o número de componentes perdidos é superior a mil.



As novas informações são mais um episódio embaraçoso para a Força Aérea, que já teve que explicar dois incidentes - o envio por engano de fusíveis nucleares para Taiwan e o vôo realizado nos EUA por um bombardeiro equipado com armas nucleares - e que expuseram um problema sistemático na Força Aérea e um comprometimento dos padrões no trato com o material nuclear. O incidente elevou as preocupações de como os EUA guardam o seu próprio acervo nuclear enquanto pressiona outros países pela não proliferação de armas atômicas.



No início de junho, ao recomendar como parte de um rearranjo de cargos detonado por erros cometidos no manuseio de armas e equipamentos nucleares, que Michael Donley fosse nomeado o secretário da Aeronáutica do país, Gates afirmou que os dois incidentes tiveram uma "origem comum", que teria sido a "gradual erosão dos padrões nucleares a falta do cuidados eficazes da liderança da força aérea".



Segundo o FT, o Pentágono se recusou a comentar o resultado das investigações. Um alto funcionário da Defesa afirmou que o relatório identifica questões sobre equipamentos registrados, mas ressaltou que os componentes acabaram nas mãos de países que não deveriam ter os recebido.


Estadão.

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