CAMPO GRANDE - Familiares do homem que atropelou e matou um cabo do Exército em Campo Grande afirmaram nesta segunda-feira que Fagner Gonçalves, de 26 anos, deve se entregar à Polícia Civil ainda nesta tarde. A Justiça de Campo Grande já recebeu o pedido de prisão preventiva e temporária do motorista, que pode ser indiciado por homicídio qualificado, por ter agido de forma cruel.
Depois do atropelamento, que aconteceu na madrugada de sábado, o cabo Leonardo Sales da Silva, de 19 anos, foi arrastado por 15 quilômetros. O carro, uma caminhonete F-4000 placa HRR-1155, que é do patrão de Gonçalves, dono de um haras, já foi encontrado. O motorista pegou o veículo sem autorização.
Segundo o delegado Jefferson Nereu Luppe, os policiais procuram p motorista em diversos endereços. Luppe ressalta que embora o período de flagrante tenha passado, Gonçalves tem dois mandados de prisão em aberto contra ele, um por lesão corporal dolosa e outro por não pagar pensão alimentícia.
Wellinton Carvalho Rodrigues, 19 anos, amigo de Sales, relatou à Polícia Civil que o motorista do veículo saía de marcha à ré quando atingiu o rapaz, que aparentemente ficou preso no eixo traseiro. Várias pessoas gritaram na tentativa de alertar o motorista, mas ele não teria dado qualquer atenção e voltou a acelerar, fugindo do local e arrastando a vítima.
Wellinton Carvalho pediu carona a uma pessoa e seguiu o rastro de sangue no asfalto, e encontrou o o corpo do amigo. Segundo a Polícia Civil, pelo rastro deixado, o motorista fez várias curvas durante o trajeto, em uma tentativa de tentar desprender o corpo do militar do eixo do veículo.
Ainda não foram identificadas as quatro pessoas que estavam na carroceria do veículo. Não se sabe qual implicação criminal para os passageiros. A caminhonete já foi periciada e levada para a Cepol, para investigação complementar.
O Globo.
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