sexta-feira, 13 de junho de 2008

MG: jovens da capital buscam saída para violência

Muitos descaminhos conduzem os jovens carentes de Belo Horizonte à violência e poucas saídas levam à superação. Nessas trilhas perigosas, eles cruzam com o tráfico de drogas, esbarram na insegurança, tropeçam no abuso sexual e, muitas vezes, chegam ao extremo: a morte. Mas há luzes no fim do túnel, como a escola, a família e os amigos, que indicam as portas para um futuro com perspectivas. Essa realidade é comprovada por pesquisa inédita da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que entrevistou 880 estudantes, com idade entre 14 e 24 anos, de escolas públicas da capital mineira. Com dados sobre criminalidade, entorpecentes, sexualidade, ensino, convivência familiar e auto-estima, o trabalho é um retrato sem retoques dos dramas e acertos de uma geração angustiada.



O número mais assustador da pesquisa Comportamentos e fatores de risco e proteção na adolescência e juventude se refere ao ambiente de violência e vulnerabilidade social a que estão expostos os entrevistados. Nada menos que 60,3% dos jovens ouvidos vivem sob a ameaça do tráfico de drogas na comunidade, sendo que mais de um terço (36,6%) já presenciou tiroteios. A insegurança ainda é reforçada num cenário em que 38,6% já foram roubados. Combinados, esse dados produzem um quadro no qual um em cada cinco jovens nunca se sente seguro onde vive. Pior: 35,8% não acreditam nas instituições públicas às quais poderiam recorrer, como polícia, Justiça, conselhos tutelares, postos de saúde ou mesmo a prefeitura.



Uai

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