Um haras no município de Ibiúna, a 64 km de São Paulo, foi usado como cativeiro por seqüestradores que mantiveram reféns o dono de uma pizzaria e a mulher dele. O homem ficou dez dias sob o poder dos criminosos e a mulher, 15 dias. Quatro criminosos foram detidos em São Bernardo do Campo e outros três estão foragidos.
O caso começou a ser resolvido pela polícia há um mês, quando foi detido, em São Bernardo do Campo, Laion Sigilo dos Santos, de 22 anos. De acordo com a polícia, o cativeiro foi escolhido por um dos detidos - Ionaldo Marques dos Santos -, que trabalhou no haras por um longo tempo, antes de ser demitido no início deste ano. As vítimas foram seqüestradas em 3 de março. O comerciante teve de ficar amarrado atrás de um velho sofá. A mulher foi mantida numa salinha ao lado.
Em entrevista à TV Globo, ela contou que ouvia o marido ser agredido. "Ele apanhou e ameaçavam cortar os dedos e a língua dele", disse à emissora.
Ainda conforme a polícia, os seqüestradores negociavam duramente com os parentes do casal. Numa gravação, também exibida pela TV Globo, um criminoso pergunta à filha do comerciante: "Vocês querem receber essa notícia aí de que eles já morreram e eu não preciso mais de dinheiro nenhum?"
Após dez dias sem que as negociações com a família avançassem, o dono da pizzaria foi libertado, para que ele mesmo conseguisse o dinheiro para resgatar a mulher. Em cinco dias, o marido juntou o dinheiro pedido pelos criminosos e pagou a quantia, garantindo a liberdade da mulher.
Estadão.
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