A Polícia Civil quer entender como o comerciante Marcelo Reis Portásio, de 41 anos, só notou que havia atropelado um homem, até agora não identificado, quando chegou em casa e parou seu Renault na garagem. A vítima estava caída no assoalho do veículo, entre o banco traseiro e o do passageiro.
Para isso, a perícia estuda a possibilidade de recorrer a ajuda de um físico para esclarecer o fato, ocorrido no último sábado na zona norte. O caso foi registrado como homicídio culposo (quando não há intenção). A polícia acredita que a vítima, com o impacto, tenha sido arremessada para cima do carro e entrado no vidro traseiro.
De acordo com policiais, o vidro dianteiro do Renault ficou bastante danificado, enquanto o traseiro foi totalmente estilhaçado. Marcelo contou à polícia ter notado a vítima caída no assoalho do veículo ao parar o carro. Ele afirmou que trafegava pela Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, esquina com Otaviano Alves de Lima, quando um homem apareceu no meio da pista.
O comerciante disse ter freado e desviado do pedestre. No mesmo instante, segundo ele afirmou à polícia, sentiu um forte impacto na parte da frente do carro, mas por não ter visto nada pelo retrovisor, seguiu viagem normalmente.
Marcelo contou aos policiais ter pensado tratar-se de assaltantes que tivessem arremessado algo no vidro dianteiro para obrigá-lo a parar o carro e, por isso, resolver não estacionar na avenida. Quando chegou em sua residência, percebeu, com a ajuda de um amigo que seguia com ele no veículo, a vítima já morta dentro do automóvel.
- Só a perícia vai determinar se é possível ter acontecido uma coisa dessas - diz Pietro Antônio Minichillo de Araújo, delegado titular do 87 DP (Pereira Barreto) Zona Norte.
O Globo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário