quinta-feira, 12 de junho de 2008

'Foi uma fatalidade', diz motorista que arrastou rapaz por 15 km

Militar de 19 anos ficou preso à caminhonete, depois de festa em Campo Grande.
Preso na noite de terça-feira, peão disse que não percebeu o que estava acontecendo.


O peão que dirigia a caminhonete que arrastou o corpo do cabo do Exército Leonardo Sales da Silva, de 19 anos, no fim de semana, disse que lamenta o acidente e não teve intenção de matar o rapaz. "Foi uma fatalidade o que aconteceu", afirmou, nesta quarta-feira (11), um dia depois de ser preso. "Eu não tive culpa. Tive culpa por ter feito, mas não tive a intenção de fazer."



Ele foi detido na noite de terça-feira (10), em Sidrolândia (MS). O peão ligou para a polícia e informou onde estava. A versão apresentada por ele pode alterar a qualificação do crime, passando de homicídio doloso (com intenção) para culposo (sem intenção), reduzindo a pena prevista.

À imprensa, o peão disse que foi até uma festa para participar do rodeio e, por isso, não estaria embriagado. Na saída, ele comprou uma cerveja e foi embora, dando carona a dois casais. Ele disse que, depois que deu a marcha à ré, percebeu que as pessoas começaram a cercar o veículo. Com medo, resolveu fugir. O peão afirmou, ainda, que não havia percebido que havia um corpo preso no eixo do veículo.

O preso contou que notou que o carro do irmão e uma caminhonete estavam atrás dele e, como achou que estava sendo perseguido, resolveu acelerar e fazer manobras.


Mais adiante, um casal que estava na caminhonete do peão teria ouvido informações de que um rapaz estava preso à caminhonete. O motorista teria sido avisado e desceu.



Ainda segundo o peão, todos ficaram transtornados com o que aconteceu; ele retirou o corpo do carro e fugiu para a casa da irmã. A caminhonete foi levada para a casa do patrão dele. O preso conseguiu carona e foi para a casa dele, em Sidrolândia.



Sobre os outros mandados de prisão, o peão disse que desconhecia o fato de que estava sendo procurado por lesão corporal. Ele afirmou que não se entregou antes, pois queria pagar a pensão alimentícia que estava atrasada.


G1.

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