O índice de desemprego nos EUA teve seu maior avanço desde 1986, chegando a 5,5% da força de trabalho,em maio, mês em que a economia americana fechou 49 mil postos de trabalho.
Segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho, esse foi o 5º mês seguido em que os EUA suprimiram vagas. A cifra de pessoas sem emprego aumentou em maio em 861 mil, maior avanço em 33 anos, chegando a 8,5 milhões.
Os dados de maio, que mostram a taxa de desemprego mais alta desde outubro de 2004, reflete, além disso um crescimento da força de trabalho liderada pelo ingresso de adolescentes, excedendo o número de vagas disponíveis.
O presidente dos Estados Unidos, George W.Bush, disse que os dados sobre o emprego em maio eram consistentes com uma economia que enfrenta um período de desaceleração de seu crescimento.
- Esta alta foi causada, em parte, por um aumento do ingresso de jovens no mercado de trabalho, mas é claramente um sinal consistente com um crescimento econômico desacelerado - disse o presidente, que acrescentou que havia sinais de que um plano para estimular a economia estava funcionando
Ao comentar sobre o avanço da taxa de desemprego em maio, o porta-voz da Casa Branca, Scott Stanzel, disse que é muito alta, mas não representa uma desaceleração do crescimento.
- Este não é o relatório que gostaríamos de ver hoje. No nosso ponto de vista, 5,5% é um número demasiadamente alto, mas é menor que a média das últimas três décadas - afirmou.
Segundo ele, os economistas do governo disseram que o desemprego de maio subiu por conta do alto número de pessoas que procuraram trabalho, incluindo adolescentes, e não por conta de um aumento nas demissões.
Segundo ele, a economia americana está crescendo muito lentamente, mas a situação não pode ser definida como recessão.
- é um crescimento lento, mas ainda positivo - disse.
Os setores de construção, manufatureiro e varejista estiveram entre os que enxugaram seus quadros de pessoal. No ano até o mês passado, foram eliminadas 324 mil vagas. Durante todo o ano de 2007, foram gerados, em média, cerca de 91 mil empregos por mês.
Os dados indicam que os empregadores estão reduzindo pessoal para proteger os ganhos, já que as matérias-primas continuam subindo e o ritmo de vendas está cada vez mais lento.
O ganho médio por hora do trabalhador americano aumentou 0,3% no períofo, chegando a US$ 17,94.
O enfraquecimento do mercado de trabalho é um novo golpe para os trabalhadores americanos, já afetados por uma queda nos valores dos imóveis, crédito mais restrito e maior gasto com combustíveis.
O Globo.
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