segunda-feira, 2 de junho de 2008

Defesa de casal Nardoni deve apresentar lista de testemunhas nesta segunda

Segundo advogado, perito George Sanguinetti pode ser convocado a depor.
Isabella Nardoni morreu no dia 29 de março; casal diz ser inocente.


A defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá deve entregar nesta segunda-feira (2) à Justiça a relação das testemunhas de defesa do casal. Eles são acusados da morte da menina Isabella Nardoni, filha de Alexandre, que morreu ao ser jogada do apartamento de seu pai, no 6º andar de um prédio, na Zona Norte de São Paulo, no dia 29 de março. O casal diz que é inocente.

"O arrolamento das testemunhas pode ser apresentado até três dias depois do interrogatório, portanto, na segunda-feira. São várias testemunhas", afirmou Levorin na quarta-feira (28), dia do interrogatório do casal à Justiça.

A defesa do casal informou que a legislação penal prevê que sejam arrolados para defesa e acusação oito testemunhas por "fato imputado". Como cada um deles é acusado de homicídio doloso e fraude processual (alteração da cena do crime), teriam direito a 16 testemunhas.

Somando os dois, o número poderia chegar a 32 testemunhas. Segundo o advogado Ricardo Martins, o número de testemunhas deve ser superior a 16 para Alexandre Nardoni e Anna Jatobá, no total. Entretanto, o defensor diz que as testemunhas podem ser as mesmas para ambos.

Na segunda-feira (26), o defensor afirmou que o médico-legista George Sanguinetti e a perita criminal aposentada Delma Gama, contratos para revisar os laudos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC), poderão ser convocados. Sanguinetti deve voltar a fazer perícias sobre o crime nesta semana.

Investigação profunda

Levorin considerou “muito grave” a notícia de que o tenente da PM Fernando Neves, que coordenou a varredura no prédio de onde Isabella foi jogada, tinha ligações com uma rede de pedofilia, segundo a polícia. Em entrevista ao G1 no sábado (31), ele pediu uma investigação mais profunda do caso. “Qual é a credibilidade das declarações desse policial face a essas circunstâncias?”, afirmou.

Na ocasião, o tenente afirmou que havia feito uma varredura “minuciosa” no Edifício London, na Zona Norte de São Paulo, onde o pai de Isabella morava. “Esse fato veio a confirmar nossas afirmações de que a investigação tem de ser ampliada. Todas as pessoas que estiveram ali (no prédio) precisam ser muito investigadas”, defendeu Levorin.

De acordo com o advogado, as cerca de 600 pessoas que fariam parte da rede de pedófilos, na qual estaria incluída o tenente Neves, devem ser ouvidas pela polícia “para ver se existe relação com os fatos (a morte de Isabella)”.


G1.

Nenhum comentário:

Pesquisar este blog