quarta-feira, 4 de junho de 2008

Defesa consegue adiar julgamento do Caso Fabiula

O juiz de Direito Cláudio Camargo dos Santos, titular da 1ª Vara Criminal de Maringá, decidiu pelo adiamento do julgamento de Luiz Cavicchioli Forini e Marcos Jesus da Silva, acusados de envolvimento no atropelamento e morte, em agosto de 2003, da menor Fabiula Regina Coalio, 12 anos.

O julgamento, que ocorreria no dia 23 de junho no salão do Tribunal do Júri do Fórum de Maringá, foi adiado a pedido da defesa do réu Luiz Cavichioli Fiorini.

De acordo com o assistente de acusação, Israel Batista de Moura, a defesa ingressou com recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, tentando anular o julgamento pelo Tribunal do Júri.

A mesma estratégia já havia sido empregada pela defesa, no ano passado, junto ao Tribunal de Justiça (TJ) do Estado.

Na ocasião, a defesa tentou impedir o julgamento ingressando com um pedido de desclassificação da pronúncia de homicídio doloso para culposo. Os desembargadores negaram o recurso.

Moura classificou o novo recurso como uma medida meramente protelatória, tal como ocorreu com o processo da morte de Marcos Kawamoto.

“Dificilmente os ministros modificarão o entendimento dos desembargadores do TJ”, afirmou o advogado, citando, como exemplo, vários casos semelhantes já julgados pelo STJ.

Ainda de acordo com Moura, caso o recurso seja julgado até o final do ano, os réus podem ir a julgamento popular em janeiro de 2009.

“Acreditamos e esperamos que o recurso seja analisado até antes, o que tornaria possível o julgamento ainda neste ano”, destacou o assistente.

No mês passado, um dos advogados de defesa, Laércio Nora Ribeiro, revelou que, quando o julgamento ocorrer, o argumento utilizado será de acidente de trânsito, que, no caso de Fabiula, caracterizaria homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar.

“Eles (réus) não saíram na rua com a intenção de matar aquela criança. Basta se sentar à frente de um volante e trafegar ou andar pela cidade para correr riscos”, argumentou Ribeiro.

Ao contrário da tese defendida pelo assistente de acusação, a defesa também alegará que Fabiula atravessou correndo a Avenida Colombo e, por conta disso, foi atropelada.

“Foi um acontecimento infeliz”, disse Ribeiro.


O Diário do Norte do Paraná.

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