quarta-feira, 11 de junho de 2008

Colômbia: minas terrestres impedem crianças de ir à escola

País é o único da América Latina no qual esse tipo de explosivo ainda é usado como estratégia de guerra.

Os estudantes de uma escola rural de Prado, na Colômbia, passam dias sem poder ir à aula. As Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) espalharam minas ao redor da escola. E esse não é um caso isolado. A Colômbia é o único país da América Latina onde as minas terrestres ainda são utilizadas como estratégia de guerra. Dos 32 departamentos, apenas a ilha caribenha de San Andrés está livre dos explosivos. As populações afetadas qualificam como de alto risco áreas que são protegidas pelas normas do Direito Internacional Humanitário: igrejas, escolas e parques. As escolas são usadas com freqüência por combatentes como quartel ou lugar de repouso. Em algumas zonas rurais, crianças são proibidas de correr livremente por campos e pastagens. Desde 1990, há registros de 649 meninos e meninas vítimas das minas – 151 morreram e as outras foram mutiladas ou ficaram feridas. Dentro da população civil, elas são as mais afetadas. E o artefato, como disse recentemente o representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na Colômbia, Paul Martin, causa muito mais dano a uma criança do que a um adulto. “Elas são mais baixas, o centro de gravidade é mais baixo, o impacto da mina é maior em seu corpo. A amputação é geralmente maior e a explosão alcança genitálias e órgãos internos”.


O Globo.

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