quarta-feira, 28 de maio de 2008

Índias são estrelas de luta livre na Bolívia

Um grupo de mulheres indígenas na Bolívia achou um meio de combater a discriminação que sofrem no país: a luta livre.

Lideradas por Carmen Rosa, ‘La Campeona’, elas estabeleceram há poucos meses uma organização de mulheres lutadoras, como uma forma de ‘vingança e vitória’ no ringue.

“As mulheres indígenas já foram muito humilhadas, muito discriminadas, e isso me deu inspiração para ser uma lutadora. Para mostrar para as pessoas, não somente para os bolivianos, mas para o mundo todo, que uma mulher pode fazer o que os homens fazem, os esportes que os homens fazem,” diz Carmen Rosa.

Além de cuidar das suas famílias e exercer profissões como costureiras ou cozinheiras, as ‘Cholitas Luchadoras’, como são conhecidas, praticam luta livre no ringue duas vezes por semana, fazendo o mesmo treinamento que fariam os homens.

Mantendo, no ringue, suas vestimentas tradicionais, elas estão se tornando estrelas nacionais. Mas muitas tiveram que enfrentar obstáculos duros como o preconceito e o machismo que reinam na sociedade boliviana.

“O sangue de lutador corre em minhas veias, apesar de meu pai não concordar. Na primeira vez que subi em um ringue, meu pai me bateu e quebrou meu nariz, Porque? Porque não queria que uma mulher, que sua filha mulher estivesse sobre um ringue,” conta a lutadora Yolanda, ‘La Amorosa’.

As ‘deusas do ringue’ realizam espetáculos semanais, com lutas repletas de saltos atléticos e dos tradicionais 'golpes sujos'.


BBC Brasil.

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