quinta-feira, 10 de abril de 2008

Polícia prende acusados de aliciar menores para orgias sexuais com turistas

Escultor e ajudante, que faziam esculturas de areia, aproveitavam para abordar as crianças na praia.

Policiais da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) prenderam na manhã desta quarta-feira, na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, dois homens acusados de abordar menores de rua e de comunidades carentes para orgias sexuais com turistas. De acordo com o delegado Deoclécio de Assis, da DPCA, o escultor Ivan Carlos de Souza e seu ajudante José Marcílio de Oliveira faziam esculturas nas areias da praia, e aproveitavam para abordar as crianças no local.

Os dois foram presos depois de aliciar um menino de 12 anos, morador de rua, para Michael Joseph Clifford, funcionário da imigração americana. O menino teria recebido R$ 200 para ir a um luxuoso hotel de Copacabana onde manteve relações sexuais com Michael, que ainda teria tirado fotos da criança. Clifford é responsável por deportar imigrantes ilegais dos EUA para o Brasil.

- Eles foram presos por esse caso, mas as investigações vão continuar. A gente acredita que eles certamente aliciaram mais menores, e acreditamos que depois da divulgação da prisão deles novos casos vão aparecer - afirmou o delegado da DPCA.

O escultor estava trabalhando na areia da Praia de Copacabana, na altura da esquina com Rua Miguel Lemos, no momento da prisão. Seu ajudante foi pego dormindo na areia da praia. Ele era foragido do estado da Bahia, e já tinha contra ele um mandado de prisão preventiva por roubo e tráfico de drogas.

O agente americano está foragido, e contra ele já existe um mandado de prisão expedido pela Justiça brasileira. De acordo com a DPCA, a Polícia Federal já foi avisada.

O esquema estava sendo investigado há um mês pelos policiais da DPCA, que, durante esse tempo, perceberam a aproximação dos dois homens com os menores de rua e de comunidades carentes próximas. Os três homens foram indiciados por atentado violento ao pudor e agenciamento a prostituição alheia.


Gazeta do Povo, 10/04/2008.

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