terça-feira, 15 de abril de 2008

Juízes usam gírias para orientar jovens infratores

“Se você não tomar jeito, vai voltar pra rua e acabar levando uns pipocos (tiros)”. O alerta, por mais estranho que possa parecer, é feito por uma magistrada. Para se fazer entender nos interrogatórios de menores, a juíza Luciana Fiala de Siqueira Carvalho procura falar a língua dos meninos de rua em vez de usar os tradicionais jargões jurídicos. Participando do documentário “Juízo”, da diretora Maria Augusta Ramos, ela conta que outros juízes também passaram a usar da linguagem "fácil" para facilitar a comunicação com os adolescentes infratores.

Mas não pensem que Luciana faz o papel de boazinha o tempo todo. Se precisar, a juíza de 36 anos e 1,48 m de altura “pega pesado” e pode se transformar num capitão Nascimento. “Procuro usar a linguagem do réu, que se utiliza de gírias. É uma técnica de interrogatório para descobrir a verdade real e me aproximar, para que eles entendam o que estamos falando”, explica.


Fonte: G1, 15/04/2008.

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