sexta-feira, 11 de abril de 2008

Justiça proíbe jogo que premia atos violentos em escola

Ação foi proposta após recebimento de representação feita pelo Centro de Apoio à Infância e Juventude.



Ontem (09), o jogo Bully teve sua importação, distribuição e comercialização proibidas no país por decisão liminar da Justiça do Rio Grande do Sul. A decisão, que ainda permite recurso, leva a assinatura do juiz Flávio Mendes Rabello da 16ª Vara Cível do Foro Central de Porto Alegre. Conforme o magistrado, um parecer da Sociedade de Psicologia do estado mostra o potencial lesivo do game para crianças e adolescentes. Rabello acredita que o jogo acarreta graves distúrbios entre grupos de jovens, dentro e fora da escola. Na segunda-feira, foram expedidos ofícios para a importadora JPF Maggazine e para 14 sites que vendem o game. Caso descumpram a obrigação, podem ser obrigados a pagar multas. O jogo, produzido pela Rockstar, é considerado violento por mostrar a agressão de alunos a professores. De acordo com o promotor Alcindo Bastos, a ação foi proposta após recebimento de representação feita pelo Centro de Apoio à Infância e Juventude. "O jogo produz sentimentos de provocação e humilhação, uso de agressão física, suborno e fuga", afirmou o juiz em sua decisão, segundo o promotor. Em português, bully pode significar ‘ameaçar’ ou tirano’, e deu origem ao termo bullying, prática em que um aluno humilha ou intimida outro na escola.



[Folha de S. Paulo (SP), João Carlos Magalhães; Zero Hora (RS); O Povo (CE) – 10/04/2008]

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