quarta-feira, 30 de abril de 2008

Gregos de Lesbos querem proibir uso do termo 'lésbica'





Três habitantes da ilha de Lesbos, na Grécia, entraram na Justiça na tentativa de proibir um grupo de defesa de direitos de homossexuais de usar o termo 'lésbica' em seu nome.

O grupo defende que a palavra seja empregada para designar apenas a pessoa originária ou habitante da ilha no noroeste do Mar Egeu, já que em muitas línguas a grafia coincide.

O alvo do processo, que será julgado em junho por um tribunal na capital grega, Atenas, é a organização Comunidade Homossexual e Lésbica Grega (OLKE), cujo nome o grupo quer modificar.

Um dos autores da petição, o ativista e editor da revista Davlos, Dimitris Lambrou, ligado a um grupo nacionalista pagão, argumentou em seu site que a utilização do termo por pessoas sem relação com seu lugar de nascimento distorce o significado histórico da palavra.

O uso da palavra deriva da crença de que a poetisa Safo, nascida no século 7 a.C. na ilha Lesbos, teria tido relacionamentos com suas estudantes femininas.

Entretanto, segundo Lambrou, pesquisas recentes mostraram que ela tinha família e cometeu suicídio pelo amor de outro homem.

Na opinião do editor, o uso da palavra 'lésbica' no seu significado mais corrente causa problemas no dia-a-dia dos cerca de 250 mil habitantes da ilha.

Uma porta-voz da organização OLKE, Evangelia Vlami, desqualificou o caso como "totalmente ridículo". "Mas se formos chamados à Justiça, vamos nos fazer ouvir", disse ela, em declarações à agência AFP.

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