segunda-feira, 28 de abril de 2008

Familiares pedem ajuda ao Exército para encontrar padre

Operação de resgate segue com o trabalho do Corpo de Bombeiros.

Paroquianos e familiares do padre Adelir de Carli, 41 anos, que desapareceu no domingo passado, dia 19, enquanto sobrevoava o Litoral Norte catarinense suspenso por balões com gás Hélio, pediram socorro ao Exército para continuar as buscas pelo religioso.

Os Bombeiros Voluntários de Penha estão aguardando a resposta ao pedido de um efetivo de 40 soldados do Exército para cobrirem a área. No sábado, mais um balão estourado foi achado durante a operação de busca em um morro de Penha.

Segundo a família de Carli, a bexiga verde é igual às 210 outras encontradas há uma semana, na Praia Vermelha, e foi localizada no meio da mata fechada, a menos de um quilômetro desta praia. O local é de difícil acesso.

Tanta esperança dos fiéis vem das missas e orações ininterruptas na paróquia São Cristóvão, em Paranaguá, e do material encontrado. De acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários de Penha, Johnny Coelho nenhum dos cordões entre os balões encontrados até agora estava arrebentado, mas todos aparentavam o corte com lâmina.

A paroquiana Denise Gallas reforçou que fiéis em oração tiveram a visão de que o padre está em terra.

— O encontro deste balão na mata no fim de semana renovou nossas esperanças. Estamos celebrando missas na intenção de achar o padre Adelir e de dar força a quem está procurando — disse.

Coelho informou que cerca de 35% dos morros da costa de Penha passaram pela varredura das equipes de busca. Não há previsão para os bombeiros encerrarem a procura, por causa da provisão de água e barras de cereais para pelo menos 10 dias que o padre levava consigo:

— Não poderíamos decidir pelo fim das buscas sabendo que ainda há possibilidade dele ser achado vivo, se depender de água, alimento e das noções de sobrevivência na selva que os familiares dizem que ele possui.

A expectativa da Marinha já não é a mesma. Ao meio-dia de sábado, o 5º Distrito Naval, com sede em Rio Grande e responsável pelas buscas em alto mar, encerrou o trabalho por considerar que as buscas foram muito além do período de 72 horas, considerado eficaz para um salvamento como este.


Zero Hora, 28/04/2008.

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